Comunidade Matriz de Sant'Ana
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Nasceu em 1887 com o início da edificação de uma pequena capela no bairro de Rebouças, que foi inaugurada em 1889 com a realização de missa cantada e procissão, presididas pelo vigário da paróquia de Santa Cruz, Pe. João Batista Correia Nery.
Foram 25 anos de árdua caminhada até a criação da Paróquia de Sant’ Ana de Rebouças no dia 11 de outubro de 1914.
A participação fervorosa e carinhosa de todo o povo de Rebouças e de todos os consagrados que colaboraram na construção desta comunidade deve ser lembrada sempre com gratidão e em nossas orações, bem como pessoas que tiveram grande participação na construção de nossa comunidade Antonio do Valle, Antonio Jorge Chebabi, Albino de Souza Aranha, Antonio Joaquim de Souza, Miguel Rodrigues do Santos, João Francisco Ramos, Atílio Foffano, Francisco Novelleto e Antonio Basso.
A festa da Padroeira sempre foi cercada de muita devoção e admiração pelo povo da cidade e região até hoje.
Nossa Padroeira Sant'Ana - padroeira dos Avó
Data de comemoração: 26 de Julho
Na Sagrada Escritura conta-se que a mãe de Samuel, Ana, na aflição da esterelidade que lhe tirava o privilégio da maternidade, dirigiu-se com fervorosa oração ao Senhor e fez promessa de consagrar ao serviço de Deus o futuro filho. Obtida a graça, após ter dado à luz o pequeno Samuel, levou-o a Silo, onde estava guardada a arca da aliança e o confiou ao sacerdote Eli, após tê-lo oferecido ao Senhor. Tomando isso como ponto de partida o Proto-evangelho de Tiago, apócrifo do século segundo, traça a história de Joaquim e Ana, pais da Bem-aventurada Virgem Maria. A piedosa esposa de Joaquim, após longa esterelidade obteve do Senhor o nascimento de Maria, que aos três anos levou ao Templo, deixando-a ao serviço divino, cumprindo o voto feito.
O fundamento histórico provável, embora na discordante literatura apócrifa, é de algum modo revestido de elementos secundários, copiados da história da mãe de Samuel. Faltando no Evangelho qualquer menção dos pais de Nossa Senhora, não há outra fonte senão os apócrifos, nos quais não é impossivel encontrar, entre os predominantes elementos fantásticos, alguma informação autêntica, recolhida por antigas tradições orais. O culto para com os santos pais da Bem-aventurada Virgem é muito antigo, sobre os gregos sobretudo. No Oriente venerava-se santa Ana no século VI, e tal devoção estendeu-se lentamente por todo o Ocidente a partir do século X até atingir o seu máximo desenvolvimento no século XV. Em 1584 foi instituida a festividade de santa Ana, enquanto são Joaquim era deixado discretamente de lado, talvez pela própria discordância sobre o seu nome que se revela em outros escritos apócrifos, posteriores ao Proto-evangelho de Tiago.
Além do nome de Joaquim, ao pai da Virgem Santíssima é dado o nome de Cléofas, de Sadoc e de Eli. Os dois santos eram comemorados separadamente: santa Ana a 25 de Julho pelos gregos e no dia seguinte pelos latinos. Em 1584 também são Joaquim achou espaço no calendário litúrgico, primeiro a 20 de março, para passar ao domingo da oitava Assunção em 1738, em seguida a 16 de agosto em 1913 e depois reunir-se com a santa esposa no novo calendário litúrgico, no dia 26 de julho. “Pelos frutos conhecereis a árvore,” disse Jesus no Evangelho. Nós conhecemos a flor e o fruto suavíssimo vindo da velha planta: A Virgem Imaculada, isenta do pecado de origem desde o primeiro instante de sua concepção, por um privilégio único, para ser depois o tabernáculo vivo do Deus feito homem. Pela santidade do fruto, Maria, deduzimos a santidade dos pais, Ana e Joaquim.